8 de fevereiro de 2009









A Tartaruga

Devagar, eu? Nem nisso penso.
Apenas vou, seguindo o ritmo
da natureza a que pertenço.

Eu caminho e vivo
como cresce a erva (devagar?)
como se enchem de flores as árvores
e se formam os rebanhos de nuvens no ar.

Vocês é que vão desenfreados
e só vêem manchas, bocados do que existe,
como se estivesse alguém a empurrar-vos...
É muito triste!

De corrida em corrida, como a lebre,
chegareis antes de mim ao fim
da grande corrida que é a vida.
Só que não ides ganhar, mas perder
e, o que é pior,
sem ter visto nada,
deixando quase tudo por fazer.

Devagar, cada vez mais devagar
eu também acabarei por lá chegar.
Terei então ganho a corrida
e, principalmente,
a vida.

Álvaro Magalhães

1 comentário:

  1. muito bem alvaro estas de parabens eu gostei da estoria e foi fixe

    soraia costa amiga da filha dele

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