
A Tartaruga
Devagar, eu? Nem nisso penso.
Apenas vou, seguindo o ritmo
da natureza a que pertenço.
Eu caminho e vivo
como cresce a erva (devagar?)
como se enchem de flores as árvores
e se formam os rebanhos de nuvens no ar.
Vocês é que vão desenfreados
e só vêem manchas, bocados do que existe,
como se estivesse alguém a empurrar-vos...
É muito triste!
De corrida em corrida, como a lebre,
chegareis antes de mim ao fim
da grande corrida que é a vida.
Só que não ides ganhar, mas perder
e, o que é pior,
sem ter visto nada,
deixando quase tudo por fazer.
Devagar, cada vez mais devagar
eu também acabarei por lá chegar.
Terei então ganho a corrida
e, principalmente,
a vida.
Álvaro Magalhães
muito bem alvaro estas de parabens eu gostei da estoria e foi fixe
ResponderEliminarsoraia costa amiga da filha dele